Integração de Startups no Setor Elétrico: Estratégias para Vencer Obstáculos e Alcançar o PEQuI 2024-2028
No setor elétrico, o ecossistema de inovação ainda é insuficiente para atender às ambições do Plano Estratégico Quinquenal (PEQui/ANEEL), parte do novo arcabouço regulatório que entrou em vigor em 2024.
Com apenas 1,5 startups de energia para cada Empresa de Energia Elétrica (EEE) que realiza investimentos obrigatórios em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), segundo dados de 2023 da Liga Ventures, PwC e ANEEL, fica evidente que o desafio da inovação vai além da tecnologia e inclui a criação de oportunidades e o incentivo ao empreendedorismo.
Ao tentar incorporar ecossistemas de inovação na agenda dos Programas de PD&I regulados, notavelmente aceleradoras e startups (alvo de interesse estratégico declarado do PEQui), o setor elétrico enfrentará barreiras culturais significativas. As diferenças entre as culturas organizacionais tradicionais e as abordagens dinâmicas das startups dificultam a colaboração e a integração de novas perspectivas para enfrentar os desafios competitivos do setor.
A seleção e homologação de novos parceiros, muitas vezes sem um histórico financeiro robusto, e a falta de uma mentalidade ágil nas organizações tradicionais são grandes obstáculos. Esses desafios são comparáveis aos conflitos geracionais no contexto corporativo, refletindo a discrepância entre as práticas estabelecidas das empresas tradicionais e as abordagens inovadoras das startups.
Portanto, para que o setor elétrico possa evoluir e se alinhar às metas de inovação estabelecidas, é crucial superar essas barreiras culturais e promover um ambiente que favoreça a integração e a colaboração entre os diversos atores do ecossistema de inovação.
Em resumo: as empresas precisarão trabalhar juntas para criar o ambiente e a massa crítica para que este mercado de energy startups se desenvolva de maneira robusta, e precisarão aprender a trabalhar com empresas menores e mais dinâmicas.